O processo de estabelecer e operar um negócio costumava ser mais simples. Os clientes tinham expectativas e as empresas respondiam a elas. Então, com a Internet e outros avanços tecnológicos, a velocidade para se fazer as coisas acelerou e os negócios se tornaram mais rápidos e complexos.
No livro de Mark Miller “Chess, not checkers” (Xadrez, Não Damas), ele usa uma metáfora de recreação para lembrar-nos da importância da estratégia nos negócios atualmente. Em negócios, fazer o jogo responsivo de damas costumava ser adequado. Um movimento de cada vez, reagindo ao último movimento do oponente. Contudo, no mundo acelerado de hoje, estratégias bem planejadas e executadas se tornaram cruciais para o sucesso nos negócios. Um campeão de xadrez obtém sucesso permanecendo vários movimentos adiante na competição. Sendo assim, se você tem jogado damas nos negócios, talvez seja o momento de entender os tempos e começar a jogar xadrez através do desenvolvimento de uma nova estratégia.
A ideia de criar estratégias não é nova. No Antigo Testamento da Bíblia encontramos a breve descrição de uma família que entendeu as mudanças do tempo e a forma de responder a elas. Ela diz: “Dos filhos de Issacar, entendidos na ciência dos tempos, para saberem o que Israel deveria fazer, duzentos de seus chefes…” (I Crônicas 12:32). Essa passagem não descreve os problemas ou as questões que aqueles “filhos de Issacar” enfrentavam ou de que forma eles reagiam. Duas coisas, porém, ficam evidentes:
Eles entendiam os tempos. Em outras palavras, eles tinham plena consciência das circunstâncias que confrontavam e uma firme compreensão das suas ramificações.
Eles sabiam o que Israel – o grupo de pessoas ao qual pertenciam – deveria fazer para lidar com essas circunstâncias, fossem elas oportunidades, desafios, ameaças ou perigos.
Você provavelmente pode pensar em muitos exemplos que refletem a mutação do nosso tempo – no mundo, em nossa sociedade, e no ramo ou profissão onde você ganha o seu sustento todos os dias. Algumas dessas mudanças vêm rapidamente, geralmente sem aviso e algumas vezes ficamos confusos sobre o que deveríamos fazer. Em momentos assim, a direção divina e a fé em Deus – sólida e profundamente enraizada – proporcionam sabedoria, paz e
confiança. Veja alguns exemplos extraídos de Provérbios:
Dedique o que você faz ou pretende fazer a Deus. Uma importante questão a considerar é não somente o que pretendemos fazer, mas também quais são as motivações básicas. O seu desejo é simplesmente que sua empresa se desenvolva e colher grandes lucros? Será que estamos buscando em primeiro lugar arruinarnossos concorrentes? Ou reconhecemos que Deus nos colocou onde estamos e que o nosso desejo é servir a Ele – e às outras pessoas – de maneira a honrá-Lo e agradá-Lo? “Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus planos serão estabelecidos.” (Provérbios 16:3).
Confie em Deus para redirecionar os seus planos da forma que Ele achar conveniente. Às vezes, fazemos planos e nos frustramos quando eles não saem do jeito que esperávamos. Em tempos assim, ajuda ter consciência que Deus pode ter uma ideia melhor. “Em seu coração o homem propõe o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” (Provérbios 16:9).
Nem sempre precisamos saber o “porquê” por detrás dos acontecimentos. Desfechos inesperados podem desarranjar nossos planos tão bem concebidos. Sendo assim, seria sábio confiar na vontade e na direção de Deus, já que a Sua compreensão no longo prazo é bem melhor que a nossa. “Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como, pois, pode o homem entender o seu próprio caminho?” (Provérbios 20:24).
Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário.